domingo, 17 de outubro de 2010

Rosa

Vi ontem, ao alvorecer, uma rosa vermelha se abrir. Seria um bom título de livro sobre a Primavera dos Povos: "O desbrochar da rosa vermelha - o comunismo como doutrina no séc. XIX", como tão galantemente faria Drummond em sua Rosa do Povo. Ouentão seria interessante para abordar taxonomia em aspectos botânicos: "Efeitos do luar sobre o florígeno em Rosacea rosa". Ou quem sabe uma análise química seria atraente também: "A química do amor: ésteres e ácidos carboxílicos que encantam os apaixonados". Por que não uma tentativa literária? "Do Barroco a Augusto dos Anjos - simbologias amorosas envolvendo rosas". Talvez uma revolucionária: "A rosa negra da burguesia apenas servirá ao povo após tinta no sange da revolução". Ou então pensamentos geográficos, renascentistas, genéticos, computacionais, franceses, tchaikovescas, zoroatristas, machadianas, robespierrinas, vegetativas, ufólogas, comunistas, capitalistas, gastronômicas, físicas, radioativas, alienígenas, toxicológicas...  Ou simplesmente humana: vi ontem, ao alvorecer, uma rosa vermelha se abrir.

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