domingo, 17 de outubro de 2010

Mímico

Era mais um dia comum na Avenida Paulista. Carros, pessoas, ávores, prédios, mendigos, estruturas, praças, preto-e-branco, barulho, ordem pré-estabelecida...
 Até que apareceu. Um mímico. Branco-e-preto, toques de vermelho em uma obra bicolor. Uma manifestação física da metafísica, inesperada, diferente. no seu silêncio, imã da atenção barulhenta do mundo, executava movimentos com o mesmo afã daqueles que foram considerados loucos por ouvirem a música que a maioria não ouvia.
 Atraiu a massa. A massa que atraía a massa, em um ciclo sem fim. A massa hipnotizada, talvez encantada?
 Do modo que começou, acabou. Aquele ponto de insanidade (?) foi abafado pela sanidade. A ordem mantida.
 Onde eu estava? Era mais um dia comum na Avenida Paulista. Carros, pessoas, árvores, ´prédios, mendigos, estruturas, praças, branco-e-preto, silêncio, caos organizado...

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