domingo, 17 de outubro de 2010

Outro

 Mudara. E sabia. Sabia o quanto? A aparência? O pensamento? Os dois? Ou era uma impressão?
 Pensou em si no começo. Amizades? Nenhuma. Beleza? Nunca se preocupara com isso. Produto da alienação das massas. Inútil discutir isso agora.
 Mas mudara. O que teria feito isso? Lugar novo? Relações novas? Não sabia.
 No  primeiro, tudo igual. Amizades? Nenhuma? Beleza? Não se peocupara com isso. Exceto por isso ou aquilo?
 Segundo, tudo igual. Amizades? Exceto por esse, aquele, este e aquele lá, nenhuma. Aparência? Exceto por isso ou aquilo ou ou esse aí, não se preocupara.
 Terceiro, tudo igual. Amizades? Exceto por esse, aquele, este e aquele lá, tinha. Aquele sensação quente, iluminadora. Aparência? Exceto por isso ou aquilo ou esse aí, era bonito.
 E aconteceu. O fogo. O tremeluzir das luzes, mas via apenas as sombras. Apenas os demônios dançantes nas paredes. O que acontecera? Os demônios dançantes e cantantes e jubilantes. Tinha olhos apenas para eles. Mas ainda havia aquele corpúsculo brilhante.
 E vira. Estivera ali todo aquele tempo? Aquela fênix dançante e cantante e jubilante. Não Percebera, mas podia sempre contar com ela. Via. Sentia. Gostava. Mudara.
 Afinal, RENASCERA.

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