Então, era isso. Não esperara por isso. Ao menos, não tão abrupta e inesperadamente. A mudança. O início da metamorfose. Agora deixaria de ser a pequena lagarta para tornar-se um ser mais complexo, e apenas o tempo diria se se tornaria a Aquerontia atropos de Saramago ou uma nova e clássica espécime, talvez seria uma Papyllon afroditus ou ainda uma Harmonitia innocentia.
Então, significava isso. O poder total. Capaz de comandar e ordenar aqule ser dito "o ápice da evolução", o nomeado homem. A feliz possuidora das mais eficazes estratégias, as quais as legiões de César e os soldados de Alexandre se entregariam com os maiores prazer e solicitude.
Agora, sabia. Uma simples palavra, e controlaria com destreza aquelas criaturas, meio físicas e meio emocionais, literalmente aqueles centauros. A idéia a fez sorrir. Revoadas de borboletas comandando centauros.
Agora, depois desse evento batizado erroneamente pelos homens, esse evento que deveria chamar-se metamorfose ou ao menos desabrochar, estava pronta para pensar mais claramente e agir mais eficazmente como nunca.
Agora estava pronta para agir como mulher.
E eu me pego a metamorfozear
ResponderExcluirMultiplas vezes
A mim mesma - ainda intocável lagarta