sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

É... e agora José? E agora, 2011?

"E agora José? E agora, você?"
Carlos Drummond de Andrade

 É, primeira postagem incomum de 2010, dessa vez sem literatura e sendo pessoal :D
 O que é agora? Pra mim (e acho que pra mais umas 200 pessoas pelo menos \o/) não é o fim de apenas uma década, é o fim de um ciclo mágico de três anos chamado Juarez. Foi legal os três anos, no primeiro, com a Itaparica e a minha cara de "gorila estuprado" que eu tinha como delicadamente o André comentou um dia aê. Foi legal o segundo com Mênfis, alternativas e décadas (*o*). E foi legal o terceiro com a Deméter, o Fundão, a Equipe Azul e uns assuntos que não podem ser ditos aqui... xD
 Foi bonito esse ano, deu pra evoluir bastante. Aprendi um monte de coisa boa, tipo o significado de amizade, a escrever "textos críticos undergrunds" (como a Ana disse uma vez) e a fazer dancinha de Gogo Boy :O. E eu nem esperava essas coisas :D
 E... o final? Agradecimentos praqueles que passaram desde outubro acompanhando esse negócio aqui, e eu juro que as postagens semanais serão semanais e não mensais ;D. Valeu André, Teixeira, o Mister, o Duh, às Marília, os Rod's, a Anna, a Ana, a Grungie, a Fabi linda e todo o povo que fez valer a pena esses três anos ;D.  
 E agradecimentos pros anônimos que fizeram parte da vida, pra parentada, pras namoradas, pro Sesc, pro Sesi, pro Metal Motos pelo aniversário mais desconcertante que já fui, pro Coc por ser uma fonte rentável e confiável de cinco reais dos meus pais por prova e tchans e tal...   ;D
 Eeeee... preparem-se pra recomeçar mais um ciclo de emoções ano que vem e tal, com novas aventuras (a minha vai ser a faculdade, e a sua?). Espero que eu possa ir com o maior número de amiguinhos possível pra lá *-*...   E montar a Santa Bertoleza com a engenharia do Mister, equipá-la com armas químicas de autoria do Duh e armas biológicas de minha autoria (brincadeirinha, Conselho Regional de Biologia e Juízes do Nobel xD), além de isolar certos genes como as das pérolas das ostras e de características de mulheres como o André pediu, enquanto ele cria um viagra de cinco horas sem efeitos colaterais... e claro, sempre inventando um novo modo de destruir a futura carreira de embaixador do Teixa, seja divulgando um declaração dele contra todos os Direitos Humanos ou então postando no Youtube algum futuro vídeo dele tendo relações homossexuais com alguém. Nossa, vida de faculdade bem corrida, né?
 E... bom acabou. D: Aproveite bem essas últimas cinco horinhas de 2010 pra fazer um balanço pra 2011 (mor conselho repetido esse ¬¬') e depois coma bastantinho e veja o céu explodindo em cores enquanto seus cãezinhos morrem de dor e sofrimento com o som dos estouros...   :/   Até 2011 (amanhã)!


 Ouroboros, o símbolo de evolução eterna e bichinho que eu uso numa corrente no meu pulso :D
 Vamos adotar seu significado e sempre evoluir nesses ciclos anuais? xD

domingo, 26 de dezembro de 2010

Realidade

“Nunca me convencerá a mudar o meu modo de vida, reverendo William! Acredita realmente que eu, Ominous Jane, a mais valente e influente corsária já existente, iria me render a uma vida de cozinhar e costurar para um homem? E aproveite a viagem e diga a John, aquele covarde, que eu sei que ele me prefere como noiva, em detrimento da doce e respeitável Mary. Mas eles são o casal que mais merece ter a respeitável, comum, inaceitável e desinteressante vida que essa sociedade sem imaginação nos impõe...”

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“Imagino o que meus pais me diriam agora, Anthoine, se me vissem agora! Chamaram-me de iludida, ingênua, louca, quando larguei a medicina para me dedicar às artes! Não é mais o velho conservador Asclépio que me orienta mais – agora estou entregue às musas da literatura, música e atuação! Não sigo as imposições sociais da vida estável! Na verdade, sou muito mais estável e verdadeira sendo uma pessoa diferente por dia...”

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“Soldados, ergam seus gládios e rumo ao combate! Temos conosco a força dos deuses! Ares, Atena, Deméter, Zeus e Hefesto derramam suas bênçãos sobre nós hoje! Não somos apenas humanos subalternos em uma lida rotineira e sem emoções – cada dia temos o incomparável sabor dos combates, um diferente do outro! Podem me chamar de louca, mas digo: é melhor morrer de pé que viver de joelhos...”

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 - Mas doutor, como ela está?
 - Lamento, sem melhoras significativas. Sua loucura cresce a cada dia. Aparentemente ela foi uma corsária há três dias, uma atriz há dois e uma general grega ontem. O estranho é que ela diz sempre não estar obrigada a ser presa em nenhum caderno de normas imposto pela sociedade...

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Desculpas" ou "Sobre as nossas forças"

 Há, em cada um, uma força que nos motiva a sermos vivos. Uma força que apresenta asas, para sua elevação.
 Essa força alada convive com outras ao seu redor, sempre ascendendo. São tão numerosas quanto os humanos e, como tais, brigam, debatem-se e competem para alcançar a melhor posição em seu vôo. Em meio dessa contenda a maioria perde as asas e cai ao solo e, consequentemente, a visão da realidade. Passam a nutrir-se de simples opiniões a partir daí, enquanto suas asas crescem novamente.
 Há ainda outras forças que, para elevar-se mais rápido, utilizam diversos recursos. Puxam seus rivais para baixo em busca de impulso. Alimentam a competição entre as outras para limpar seu caminho. Fazem juras, utilizando-se da inocência alheia, para conseguir apoio. Essas não caem, tampouco ascendem – permanecem estagnadas.
 E existem aquelas que se associam a outras almejando apoio, mas um apoio mutuamentente benéfico, ao contrário do grupo anterior. Quase todas se enquadram aqui. São aquelas que aceitam servir de ânfora, mesmo sabendo que os segredos de suas companheiras poderão deixar-lhes ais pesadas. São as que aceitam servir de apoio, mesmo sabendo que o peso extra poderá momentaneamente impedir-lhes de subir. São aquelas que fogem à regra geral das forças e não entram em conflito com as forças às quais se associam.
 Mas infelizmente esse grupo de forças são as que acabam por ferir mais as asas dos companheiros, por pequenas ações aparentemente sem significado. Ferem por exteriorizar emoções muitas vezes não reais, ou exageradas. Ferem por falas não pensadas para serem ditas. E esses ferimentos acabam sendo mais danosos que as grandes investidas de terceiros.
 O incrível paradoxo é que, sob o efeito dos primeiros fatos citados esse grupo é o que se eleva mais velozmente, enquanto que sob o efeito dos últimos fatos, elas pouco caem, mesmo com as grandes agressões sofridas, devido à sua suma capacidade de reconhecer o arrependimento e sua suma piedade.

 O estranho é que essas forças não sabem o porquê de serem impelidas sempre a ascender. Há as que acreditam que serão, de algum modo, recompensadas por uma entidade superior; há as que crêem que é simplesmente sua obrigação voar, sem ninguém para está-las esperando; há aquelas que têm fé de que obterão o conhecimento de todos os assuntos da humanidade; e há outras, com outras crenças.
 Para finalizar, há ainda os resíduos soltos pelas forças, sendo essas tanto já extintas (mortas) ou ativas. Esses produtos podem acelerar ou retardar o desenvolvimento das asas, caso desenvolvam a cultura ou desenvolva desejos animais e primitivos nas forças, respectivamente. Esses resíduos podem ser escritos, sonoros, visuais, ou manifestações corporais. Cabe a cada força escolher o que irá utilizar e para qual finalidade.
 E agora? E você, em qual tipo de vôo está, quais são seus resíduos e quais são seus motivos para elevar-se? É muito fácil enganar-se.